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9 tendências que irão moldar o trabalho a partir de 2021

9 tendências que irão moldar o trabalho a partir de 2021
Marcela Dario El-moor
jan. 19 - 7 min de leitura
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Apesar de termos enfrentado recentemente o ano mais confuso, volátil e incerto da história moderna, tudo indica que teremos um ano de 2021 também bastante animado, com muitas mudanças e tendências que impactarão o futuro do trabalho e as organizações. 

De acordo com uma publicação de Brian Kropp,  chefe de pesquisa em práticas de RH da Gartner, na Harvard Business Review, essas serão as tendências que deveremos acompanhar a partir de 2021:

1. As empresas deixarão de gerenciar a experiência do colaborador para gerenciar a experiência de vida de seus colaboradores

Com a pandemia, tivemos mais visibilidade da vida pessoal de nossos colaboradores e entendemos mais de suas dificuldades e lutas pessoais e profissionais. As empresas perceberam que apoiar os colaboradores em suas vidas pessoais pode inclusive aumentar o desempenho. 

De acordo com uma pesquisa da Gartner (Gartner`s 2020 ReimagineHR Employee Survey), as empresas que apoiam os colaboradores em suas experiências de vida observam um aumento de 23% no número de funcionários relatando melhor saúde mental e um aumento de 17% no número de funcionários relatando melhor saúde física. 

Há também um benefício real para os empregadores, que veem um aumento de 21% no número de funcionários de alto desempenho em comparação com organizações que não oferecem o mesmo nível de suporte aos seus funcionários.

2. As empresas deverão se posicionar mais nos debates políticos e sociais da atualidade

O desejo dos colaboradores em trabalhar em organizações cujos valores se alinham aos seus vem crescendo há algum tempo. Em 2020, esse desejo se acelerou e, de acordo com a pesquisa da Gartner, cerca de 74% dos colaboradores esperam que a sua organização se envolva de maneira mais ativa nas questões atuais.

Ainda de acordo com a Gartner, o número de funcionários considerados engajados aumentou de 40% para 60% quando sua organização atuou nas questões sociais da atualidade. 

3. A disparidade salarial entre gêneros continuará a aumentar à medida que os colaboradores retornem ao escritório.

Algumas pesquisas mostram que os homens têm maior probabilidade de decidir retornar ao local de trabalho, enquanto as mulheres têm maior probabilidade de continuar trabalhando em casa. 

No entanto, de acordo com uma pesquisa da Gartner,  64% dos gerentes acreditam que os colaboradores que trabalham no escritório têm um desempenho melhor do que os remotos, o que, por sua vez, provavelmente influenciará na concessão de aumentos maiores aos colaboradores que estiverem presentes. 

Portanto, se os homens são mais propensos a trabalhar no escritório e os gerentes mantêm um viés em relação aos trabalhadores internos, possivelmente veremos mais homens sendo recompensados, agravando a diferença de salário entre gêneros, impactando ainda mais as mulheres na pandemia. 

4. Novas regulamentações limitarão o monitoramento dos colaboradores. 

Durante a pandemia, cresceu a aquisição de ferramentas de rastreamento e monitoramento passivo dos colaboradores. No entanto, muitas empresas não avaliaram como equilibrar a privacidade dos dados com a tecnologia, o que tem gerado frustração nos colaboradores.  De acordo com a Gartner, menos de 50% dos colaboradores confiam seus dados à organização, e 44% não recebem nenhuma informação sobre os dados coletados sobre eles. 

A partir de 2021, veremos as empresas tendo que atender aos limites impostos por novas regulamentações, como a LGPD no Brasil.

5. A flexibilidade mudará de ONDE se trabalha para QUANDO se trabalha. 

A próxima onda de flexibilidade será de tempo de trabalho. Permitir que os colaboradores trabalhem remotamente já é uma realidade. Agora, veremos organizações mais preocupadas em permitir a flexibilidade de horas trabalhadas.

De acordo com a pesquisa da Gartner, apenas 36% dos colaboradores tinham alto desempenho em organizações com uma semana de trabalho padrão de 40 horas. Já nas organizações que oferecem flexibilidade aos colaboradores sobre quando, onde e quanto trabalham, o número sobe para 55% . 

A partir de 2021, veremos mais empresas avaliando seus colaboradores por suas entregas, e não por quantidade de horas trabalhadas. 

6. As grandes empresas oferecerão vacina contra o COVID assim que possível.

As empresas usarão a oferta da vacina contra  o COVID, assim que possível, como um diferencial para atrair e reter talentos. 

7. O suporte à saúde mental será o novo normal. 

A pandemia do Covid-19 colocou a saúde e o bem-estar em primeiro plano e as empresas perceberam o o impacto da saúde mental nos colaboradores e resultados. 

No final de março, 68% das organizações haviam introduzido pelo menos um novo benefício de bem-estar para ajudar os funcionários durante a pandemia. 

A partir de 2021, as empresas deverão aumentar o orçamento destinado a programas e benefícios com foco na saúde e bem estar de seus colaboradores.

8. Os empregadores procurarão “alugar” talentos para preencher a lacuna de competências. 

O número de competências procuradas pelas empresas aumentou drasticamente.  De acordo com a Gartner, as empresas listaram cerca de 33% mais competências em anúncios de emprego em 2020 do que em 2017.

Por mais que tentem, as organizações simplesmente não conseguem desenvolver novas habilidades em sua força de trabalho rápido o suficiente para atender às suas necessidades em constante mudança.

Veremos um aumento na contratação de temporários e freelancers sob demanda e também uma expansão nas parcerias com organizações para “alugar” talentos por um curto período de tempo para atender às necessidades específicas.

9. Os Estados competirão para atrair talentos individuais, em vez de tentar fazer com que as empresas se mudem. 

Os estados e as cidades têm historicamente oferecido incentivos para fazer com que as empresas se mudem para suas jurisdições. A crença até o momento foi que, se você pode incentivar as empresas a vir, elas trarão empregos com elas. A nova era de trabalho remoto e híbrido desenvolverá essa estratégia - onde a vida de um funcionário estará menos ligada ao local onde seu empregador está localizado do que nunca.

Dada a alteração da localização da empresa e da localização dos funcionários, estados e cidades começarão a usar suas políticas fiscais para criar incentivos para que os indivíduos se mudem para suas jurisdições, em vez de conceder créditos fiscais apenas para grandes empresas se mudarem. 

Já estamos vendo programas iniciantes em cidades como Topeka - KS e Tulsa - OK (ambas nos Estados Unidos), onde estão oferecendo aos colaboradores remotos até US$ 15.000 para se mudarem para lá. Essas jurisdições competirão por indivíduos e seus empregos, e não pelas empresas.

 

E você, concorda? Consegue enxergar alguma outra tendência que poderá moldar o futuro do trabalho? Escreva nos comentários!

 


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