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5 boas práticas de feedback (sob uma nova perspectiva)

5 boas práticas de feedback (sob uma nova perspectiva)
Carol Schwartz
set. 28 - 6 min de leitura
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Feedback é um assunto polêmico, não é mesmo? Por vezes amado, por vezes temido! Assim como eu, com certeza você teve diversas experiências com feedback ao longo de sua trajetória profissional... Algumas muito proveitosas e ricas, outras incômodas e até mesmo desastrosas. 

 

Às vezes, me parece que esse tema é muito batido, e você pode estar pensando exatamente a mesma coisa!

 

Ficou "massante" e repetitivo falar de feedback?

 

Ao mesmo tempo, como profissional de Recursos Humanos, tenho visto a dificuldade que grande parte dos profissionais tem de dar feedback, de se expressar de uma forma construtiva e de lidar positivamente com situações de conflito. Do outro lado, estão também as organizações, que tentam incansavelmente criar uma cultura de feedback contínuo, para melhorar o desenvolvimento das pessoas, resolver os conflitos que acontecem no dia a dia e incentivar mais colaboração.

 

Aqui nesse artigo, o meu objetivo é trazer alguns insights fora do comum sobre feedback, para profissionais de RH e gestores de pessoas, com base em meus estudos e minhas experiências pessoais.

 

Uma pesquisa da pwC mostrou que 72% dos pesquisados gostaria de receber um feedback diariamente ou semanalmente, mas somente 30% efetivamente o recebem. Ao mesmo tempo, 25% dos entrevistados de uma pesquisa  da Globalforce temem essa conversa mais do que qualquer outra coisa em sua vida profissional.

 

Mas, o feedback faz parte de uma necessidade universal de todos os seres humanos. Almejamos ter retorno sobre o que fazemos em nosso dia a dia!

 

Então, por que ainda assim o feedback é tão temido?


Pelo medo do julgamento, da reação do outro e da forma como isso vai afetar os relacionamentos do cotidiano, e muitas vezes, os vínculos pessoais que se formam no ambiente de trabalho.

 

Isso é absolutamente normal! Primeiro, porque valorizamos a conexão com as pessoas ao nosso redor. E, segundo, nós não aprendemos a nos comunicar com efetividade ao longo da vida. Crescemos craques em matemática, química, geografia... Mas carentes de habilidades sociais para nos relacionarmos com mais qualidade! Sentimos dificuldade em expressar nossos incômodos, em lidar com  pessoas diferentes de nós e em resolver situações de conflito sem desgastar a relação. E, tudo isso, afeta completamente  a forma como nos sentimos, como nos engajamos com as nossas atividades e como entregamos nossos resultados no trabalho.

 

Mas, agora, o jogo virou! O mundo tem passado por uma enorme transformação. Não só pela transformação digital em si, mas também pelas novas competências  exigidas no mercado de trabalho: se relacionar, liderar pessoas, se conectar com colegas e clientes, colaborar, se adaptar a diferentes contextos. Não é à toa que as metodologias atuais, como RH Ágil, Scrum e Design Thinking se baseiam na colaboração e na empatia.

 

5 boas práticas de feedback para aplicar no dia a dia (e ensinar para os seus times!)

 

1. Autopercepção. Feedback não é somente sobre o outro! Na verdade, ele começa com você e com a sua capacidade de reconhecer como você se sente diante do que acontece ao seu redor. Entender o que te frustra é o primeiro passo para comunicar isso com clareza (e leveza) ao outro.

Exercício: Anote algo que aconteceu ao longo do dia que te tirou da normalidade (Ex.: uma reunião, o comentário de um colega, uma notícia do jornal, etc...). Reflita sobre o que exatamente aconteceu, como você se sentiu e qual foi a sua reação diante da situação.

 

2. Foque na situação e não na pessoa. Nós somos seres sociais, queremos ser aceitos e acolhidos. Por isso, ao passar o seu feedback, não rotule a pessoa e nem leve julgamentos para esse momento. Quando nós fazemos isso, automaticamente criamos uma barreira no outro! Foque em falar dos fatos que aconteceram em seu feedback, de como você se sentiu e do que é importante para você.

Evite: "Marina, VOCÊ está sempre atrasada e isso demonstra descuido com as nossas atividades e com a equipe."

Experimente: "Marina, nós havíamos combinado que a reunião de hoje começaria às 8:30. Você chegou às 8:45, com 15 minutos de atraso. EU me senti frustrado com a situação porque para mim é muito importante que a gente comece na hora para que eu não atrase minhas outras demandas."

 

3. Não demore para passar o feedback. Sabe quando acontece alguma coisa que te incomodou, você sabe que precisa passar o feedback, mas vai sempre deixando para depois? Faça um esforço extra para realmente dar o feedback e não deixar os problemas irem se acumulando. Dê a oportunidade de o outro reparar a relação e ela seguir em um fluxo agradável.

Dica prática: Tudo bem não passar o feedback no momento exato do que aconteceu. Às vezes, você pode querer dar uma pausa para refletir ou até mesmo respirar um pouco. Mas, de forma geral, busque não ultrapassar 2 dias para ter essa conversa!

 

4. Fuja da técnica sanduíche! Você com certeza já ouviu falar nela, né? O feedback positivo acaba não surtindo o efeito esperado porque a pessoa já fica esperando o negativo que vem depois. Além disso, o feedback construtivo acaba sendo minimizado porque é levado junto com algo positivo, o que diminui a relevância dele. Que tal conhecer outras técnicas? Recomendo a Comunicação Não-Violenta do Marshall Rosenberg.

 

 

5. Abra espaço para o diálogo. O feedback não é uma via de mão única, mas sim caminho para uma construção conjunta da relação. Sendo assim, não é só falar o que quer! É abrir espaço para o outro, ouvir e solucionar os desafios juntos. Afinal, a responsabilidade da relação nunca é de uma só pessoa.

Perguntas de ouro para fazer ao outro:

  • Como você se sente com meu feedback?
  • Me ajude a entender o seu ponto de vista?
  • O que podemos fazer para que isso não aconteça novamente?

 

Quais foram os seus maiores insights ao ler esse artigo? Se você tiver alguma outra boa prática ou dica, também será um prazer compartilhar mais.


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